Fui educada num ambiente familiar onde carinho e respeito sempre foram prioridades. Sendo a filha caçula das mulheres tive algumas regalias, visto que minhas irmãs cuidavam dos afazeres domésticos enquanto só brincava, dormia e conseguia ler meus gibis.
Acredito que a leitura passou a fazer parte de minha vida, ou melhor, eu passei a praticá-la bem cedo. As leituras feitas por um tio fanático, ( digo pela época e pelo costume que era raro: o de ler ) por cordéis e história em quadrinhos despertaram em mim o gosto pela leitura. Ele trazia vários deles reunia a criançada e deixava que escolhéssemos qual queria ser ouvido. Era uma festa ( um evento )! Às vezes, mesmo sem conhecer perfeitamente as letras e palavras buscava a historinha lida e fazia a "minha leitura", ao meu modo, baseado mais nas gravuras e en outras, decorava a fala de meu tio e a reproduzia.
Filha de pais semi-analfabetos, sem nenhum parente formado sentia que meus pais idealizavam em mim aquilo que não conseguiram realizar em suas vidas.
Minha vida escolar fora inicialmente um pouco frustante, pois era muito mimada e por isso, acredito, muito tímida e isto era uma barreira bem difícil de romper. Tinha poucas amizades e me sentia só.
Tudo me metia medo, me deixava insegura, envergonhada...
Não recordo do primeiro livro que li, lembro sim das leituras e encenações de alguns clássicos da literatura infantil, o que me encantava nesse tipo de leitura era a simetria dos acontecimentos, a forma como tudo acabava bem, além das ilustrações encantadoras!
Na minha adolescência pegava os romances de minha irmâs ( Sabrina, Bianca... ) e lia escondido de minha mãe, era uma leitura " madura" ( segundo ela ) cheio de experiências amorosas que às vezes terminava bem, mas nem sempre. Também livros que enfocassem questões de conflitos na adolescênciacomo Capricho, Atrevida, Horóscopo. Participei de um " Clubinho da leitura" onde discutíamos sobre os livros lidos e premiávamos ( com incentivo dos nossos pais ) aquele que lesse uma grande quantidade de livros. Recebíamos de uma editora coleções de livros por semestre e até tivemos uma publicação a respeito do nosso clubinho, nos parabenizando pela inicitiva.Fazíamos por prazer competições de leituras e não poderia deixar de citar pessoas muito queridas como minhas professoras Beatriz, Céu e Maria do Carmo (Carminha), únicas nesta minha vida estudantil. Muitos foram as leituras: Meu pé de laranja-lima, As reinações de Narizinho, O pequeno príncipe, Cazuza, Cristianne F. drogada e prostituída, Poliana,Robson Cruzoé, A mulher só, O escaravelho do diabo, A ilha perdida,Éramos seis,Um cadáver ouve rádio,A árvore que dava dinheiro,O barba azul, A Odisséia, foram muitos os livros lidos, viajados...
No Magistério conheci superficialmente os clássicos literários. Só fui mesmo conhecê-los quanto substitui um amigo-irmão (não poderia deixar de citá-lo) Nerivaldo, pois senti a necessidade de fazer jus à responsabilidade que assumia em ocupar o seu lugar e estar a altura do nível literário seu. Trabalhei em turmas perfeitas, as cobranças me fazia buscar mais e mais deste mundo a pouco desconhecido por mim.
Já na vida acadêmica descobri um mundo da leitura não muito prazeroso,: textos científicos. A leitura era seca, insignificante perante meu gosto literário e o resultado da ação nem sempre agradável a quem a cobrava. Confesso que criei um bloqueio perante o hábito, antes denominado como prazer.O tempo passou a ser curto, muitas ocupações surgiram e tive que me dedicar a elas: família e negócios.
Filha de pais semi-analfabetos, sem nenhum parente formado sentia que meus pais idealizavam em mim aquilo que não conseguiram realizar em suas vidas.
Minha vida escolar fora inicialmente um pouco frustante, pois era muito mimada e por isso, acredito, muito tímida e isto era uma barreira bem difícil de romper. Tinha poucas amizades e me sentia só.
Tudo me metia medo, me deixava insegura, envergonhada...
Não recordo do primeiro livro que li, lembro sim das leituras e encenações de alguns clássicos da literatura infantil, o que me encantava nesse tipo de leitura era a simetria dos acontecimentos, a forma como tudo acabava bem, além das ilustrações encantadoras!
Na minha adolescência pegava os romances de minha irmâs ( Sabrina, Bianca... ) e lia escondido de minha mãe, era uma leitura " madura" ( segundo ela ) cheio de experiências amorosas que às vezes terminava bem, mas nem sempre. Também livros que enfocassem questões de conflitos na adolescênciacomo Capricho, Atrevida, Horóscopo. Participei de um " Clubinho da leitura" onde discutíamos sobre os livros lidos e premiávamos ( com incentivo dos nossos pais ) aquele que lesse uma grande quantidade de livros. Recebíamos de uma editora coleções de livros por semestre e até tivemos uma publicação a respeito do nosso clubinho, nos parabenizando pela inicitiva.Fazíamos por prazer competições de leituras e não poderia deixar de citar pessoas muito queridas como minhas professoras Beatriz, Céu e Maria do Carmo (Carminha), únicas nesta minha vida estudantil. Muitos foram as leituras: Meu pé de laranja-lima, As reinações de Narizinho, O pequeno príncipe, Cazuza, Cristianne F. drogada e prostituída, Poliana,Robson Cruzoé, A mulher só, O escaravelho do diabo, A ilha perdida,Éramos seis,Um cadáver ouve rádio,A árvore que dava dinheiro,O barba azul, A Odisséia, foram muitos os livros lidos, viajados...
No Magistério conheci superficialmente os clássicos literários. Só fui mesmo conhecê-los quanto substitui um amigo-irmão (não poderia deixar de citá-lo) Nerivaldo, pois senti a necessidade de fazer jus à responsabilidade que assumia em ocupar o seu lugar e estar a altura do nível literário seu. Trabalhei em turmas perfeitas, as cobranças me fazia buscar mais e mais deste mundo a pouco desconhecido por mim.
Já na vida acadêmica descobri um mundo da leitura não muito prazeroso,: textos científicos. A leitura era seca, insignificante perante meu gosto literário e o resultado da ação nem sempre agradável a quem a cobrava. Confesso que criei um bloqueio perante o hábito, antes denominado como prazer.O tempo passou a ser curto, muitas ocupações surgiram e tive que me dedicar a elas: família e negócios.
Hoje desenvolvo minha leituras de acordo o tempo, mas como dizem por aí que a leitura não deve tirar férias, ou melhor, nós é que não devemos dar espaço de descanso à leitura principalmente em tempo de férias, procuro dividir meu tempo.Sou uma leitora por prazer "Uma pessoa que lê embalagens de arroz, manteiga, óleo, bala ou chocolate a todo momento, uma pessoa que lê símbolos, imagens e entrelinhas, pode ser considerado um bom leitor. Aliás, tudo o que fazemos por amor e gosto, é sempre UM PRAZER."
Ao ler o memorial de leituras dos formadores, Jacy, percebo que temos muitas leituras em comum. Isto é muito gostoso!
ResponderExcluirCarinhosamente!
Lenita